E na carruagem ele, simplesmente, seguia…

E ao adentrar à velha estrada de terra e pedras, que levavam ao seu castelo, sentiu-se aliviado.

Já não havia o “grotesco” a perturbá-lo.

Assim ele se referia a todos que não pertenciam à nobreza. 

Grotescos!

O condutor da carruagem, sabedor da intolerância do seu amo com o tempo, apressou os cavalos.

E rapidamente adentraram no bosque.

A carruagem completamente fechada, ostentava nas duas portas maçanetas de ouro maciço. As janelas de vidros de cristal permitiam tímidos raios de sol a ornamentar com luzes multicoloridas o veludo vermelho, que cobria toda a parte interna, laterais, bancos, portas e teto.

E na carruagem ele, simplesmente, seguia…

Até que a curva próxima à ponte do rio, que cortava as suas terras, não permitiu que a viagem seguisse o seu curso.

As rodas romperam-se e a carruagem tombou de forma violenta.

E o ranger das rodas, que há algumas horas abafaram os gritos da dor, silenciaram.

E, de repente, o silêncio foi interrompido por um gemido e um grito de socorro surgiu do interior da carruagem.

Solitário, permanecia ele preso na carruagem em destroços…

Namastê!