Seguimos com a série de posts sobre o “Gita de Sete Versos”.

Neste post vamos refletir sobre o “Sétimo Verso”:

“Sintetizando Nele todos os Dharmas evolucionários, busca o Único Brahman (Ekam) e sua Suprema Shakti (Ma ou Poder Divino Feminino). Eu, como Ishwara (Atma) que reside no coração, libertar-te-ei de todas as obscuridades (Papa) e das ilusões dos méritos temporais (Punya). Não sucumbas oprimido pela tristeza!”

O último verso destaca a importância de compreendermos o real significado de “Dharma” como sendo o real sentido da nossa existência, nossa missão nesta “vida”, o nosso papel neste mundo.

Observa-se que a Plenitude só é possível quando alcançamos a união em nós mesmos e a união com Deus; ou seja, quando nos tornarmos “partícipes conscientes” da Vida Única ou Parabrahman.

A Shakti, o Atma e a Prakriti são seus aspectos, representados no Pranava, a sílaba mística de Poder “A – U – M”.

A busca do conhecimento espiritual de todo yogue está explícita no verso: “Ainda se foras o maior pecador entre todos os pecadores poderás fazer a travessia a salvo, navegando sobre todos os pecados (ciclo de nascimento e morte), na barca do Conhecimento Sintético ou Conhecimento Divino (Brahma-Gnana).” (Gita Cap. XXIV ver 18)

Estudiosos do Gita afirmam que “a última frase do sétimo verso explicita o pedido do Senhor a Arjuna para que ele não pereça com temporal tristeza ou alegria, para que ele abandone os passageiros prazeres ou penas, pois só assim obterá a constante paz e equanimidade, que resultará no término do ciclo de nascimentos e mortes, como também no alcance do sublime estado de eterna aproximação a Deus”.

Concluímos a nossa série destacando que os versos 5, 6 e 7 resumem a sublimação do Conhecimento, da Devoção e da Ação, por meio da faculdade Yóguica ou Sintetizadora (Dhriti).

Namastê!