Seguia com sua única ideia, completamente obcecado por ela.

Fora de sua razão, era só desvario e deslumbramento. 

Incapaz de reconhecer o erro, seja por orgulho ou por teimosia, seguia errando.

Todos que o conheciam perguntavam:

– Qual o motivo de tamanha obsessão?

Ninguém sabia ao certo a resposta.

Uns diziam ser a sua incapacidade de dialogar, conhecer opiniões e respeitar diferentes abordagens. Falar, mas, sobretudo, ouvir. 

Outros afirmavam ser a cegueira mental, de não enxergar sob novas perspectivas, alternar papéis, guiar e ser guiado.

O certo é que ele seguia insistindo na sua única ideia. 

Monocromático, num mundo de cores.

Incompatível com a diversidade.

Incompleto na solidão. 

Alheio ao mundo das ideias, adoeceu em si mesmo.

Tristemente obcecado…