Vamos iniciar uma série de posts sobre Pranayama. Nossas reflexões terão como referência os ensinamentos do saudoso e querido mestre José Hermógenes de Andrade Filho, nosso professor Hermógenes.

A respiração marca o início e o término de nossas existências. A respiração é fundamental para vida humana. A respiração nos mantém vivos.

Mas o que é realmente a respiração? Ela é apenas um fenômeno fisiológico ou algo mais?
Respiramos bem? Respiramos plenamente? 

Segundo nos ensina o professor Hermógenes, na obra Autoperfeição com Hatha Yoga:

“A ciência ocidental considera a respiração tão somente como um fenômeno fisiológico a mercê do qual o organismo utiliza o oxigênio do ar a fim de, com ele, efetuar as transformações químicas necessárias para que o sangue possa distribuir e nutrir todas as células. Sendo assim, parar de respirar é o mesmo que morrer. No Yoga, a respiração, no entanto, é muito mais que um fator fisiológico. É também psicológico e prânico. Em virtude de fazer parte dos três planos, fisiológico, psíquico e prânico, a respiração é um dos atos mais importantes de nossa vida. É por seu intermédio que podemos conseguir acesso a todos eles. Por outro lado, é ela o único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário. Se quisermos, podemos acelerar, retardar, parar e recomeçar o ritmo respiratório. É-nos possível fazê-la mais profunda ou mais superficial. No entanto, quase todo o tempo, nos esquecemos dela inteiramente, deixando-a por conta da vida vegetativa.”

É importante compreender que respirar é mais do que fornecer oxigênio para o nosso corpo físico. Como único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário define muitos dos nossos processos internos.

A profundidade, o ritmo e a intensidade de nossa respiração podem alterar positivamente nosso estado físico-emocional-mental e energético.
Para alcançarmos os benefícios da respiração, precisamos respirar bem.

Fica a dica: no próximos posts vamos aprofundar o conceito do que é Pranayama (Prānāyāma) e sua importância nas nossas vidas.

Namastê!