Mãos entrelaçadas e corpos afastados.
Simplesmente um recato, que o banco parecia não inspirar.
Nem a noite…
O convite ao amor descia aos jovens corações nas gotas suaves do orvalho.
E, no banco, as mãos entrelaçadas se apertaram.
A Lua vigiava discretamente os amantes.
Fugidia, não apresentava todo o seu brilho. Apenas lampejos de luz a projetar sombras.
E, no banco, os corpos se aconchegaram nas carícias e beijos.
Seria simplesmente paixão da juventude ou arroubos de um amor nascente?
Só o tempo poderia responder…
E, no banco, uma pergunta vagueou nos pensamentos dos amantes…
Pode o amor ser indecente?