Swami Vivekananda, em “Filosofia Yoga”, narra uma parábola, ilustrando a importância do paranayama: 

“Conta-se que o ministro de um grande rei caiu em desgraça. Como consequência, o rei mandou encerrá-lo na cúspide de mui elevada torre. Assim se fez, e o ministro foi relegado a ali consumir-se. Ele contava, porém, com uma fiel esposa, que à noite foi à torre e, chamando o marido, perguntou-lhe que poderia fazer para facilitar-lhe a fuga. Respondeu-lhe que na noite seguinte voltasse trazendo uma corda grossa, um forte barbante, um carretel de fio de cânhamo e um outro de fio de seda, um besouro e um pouco de mel. Muito admirada, a boa esposa obedeceu e lhe trouxe os objetos pedidos. Então o marido lhe disse que atasse a extremidade do fio de seda ao corpo do besouro, que lhe untasse os chifres com uma gota de mel e que o colocasse sobre a parede da torre, deixando-o em liberdade e com a cabeça voltada para o alto. Assim ela fez e o besouro principiou sua viagem. Sentindo o cheiro do mel diante de si, trepou lentamente, com a esperança de alcançá-lo, até que chegou ao cume da torre. Apoderando-se então do besouro, encontrou-se o ministro na posse de um dos extremos do fio de seda. Nesta situação, disse à esposa que unisse no outro extremo fio de cânhamo e, depois que este foi puxado, repetiu o processo com o barbante e finalmente com a corda. O restante foi fácil: o ministro conseguiu sair da torre por meio da corda, evadindo-se. Em nossos corpos, continua o amado yogi Vivekananda, o alento vital é o fio de seda e, aprendendo a dominá-lo, apoderamo-nos do fio de cânhamo das correntes nervosas, destas fazemos outro tanto com o forte barbante de nossos pensamentos e finalmente apoderamo-nos da corda do prâna, com a qual logramos a libertação”. 

Nessa parábola fica clara a importância da respiração como fenômeno prânico.

Necessitamos de suprir nosso “corpo prânico” de “energia prânica”. Energia esta que vai vivificar os chakras e circular pelos vários nadis.

A prática de pranayamas permite controlar voluntariamente a respiração. 

Ritmando-a, aprofundando-a, dirigindo-a, polarizando-a vamos obtendo acessos a diferentes níveis – fisiológico, psíquico e prânico.

Namastê!