Ramacharaka, na obra “A Ciência Hindu-yogi da Respiração”, afirma que “a vida depende, em absoluto, do ato de respirar. A respiração é a Vida.”

E prossegue que “desde o suave respirar do recém-nascido até o último suspiro do moribundo, desenrola-se uma larga história de contínuas respirações.

“A ciência da respiração, como muitos outros ensinamentos, tem duplo aspecto: um esotérico ou oculto, e outro exotérico ou externo.”

Nessas próximas reflexões vamos abordar o aspecto esotérico ou interno, começando pelo aspecto psíquico da respiração.

O professor Hermógenes nos ensina que:

“Para melhor evidenciar a natureza psíquica da respiração, basta considerar as alterações rítmicas funcionais que concomitantemente ocorrem com as alterações psíquicas. Na inquietude mental e emocional observa-se a respiração acelerada. Torna-se lenta nos estados em que nos achamos física, mental e emocionalmente tranqüilos. Se nos envolve um conflito entre duas tendências ou desejos antagônicos, ela se faz irregular ou arrítmica. Se, no entanto, nos encontrarmos integrados, livres de contradições psíquicas, respiramos compassadamente. Reciprocamente, quando, pelos exercícios respiratórios, voluntariamente controlamos a respiração, tornando-a lenta, induzimo-nos necessariamente à tranqüilidade emocional e mental.”

“Ritmando-a, estabelecemos a paz entre a mente, a vontade e os impulsos antes contraditórios e opostos.”

No próximo post vamos falar da respiração como fenômeno prânico.

Fica a dica: “Por meio da ciência definida da meditação, conhecida há milênios pelos iogues e sábios da Índia – e por Jesus também –, qualquer um que busque Deus pode alargar o calibre de sua consciência até à onisciência, para receber dentro de si a Inteligência Universal de Deus.” Paramahansa Yogananda

Namastê!