Seguimos com a série de posts sobre o “Gita de Sete Versos”.

Neste post vamos refletir sobre o “Segundo Verso”:

“Ó Arjuna! Estás dominado pela confusão nascida da falta de equanimidade. Esse desequilíbrio é contrário ao espiritual, e frustrará a elevada finalidade tendendo a obstaculizar a Beatitude. ”

Equanimidade significa imparcialidade, igualdade, constância. O indivíduo equânime possui e demonstra tranquilidade, moderação, serenidade, justiça. Apresenta ânimo sempre igual e é consciente no que pensa, sente, faz ou no que diz.

Nesse verso, Sri Krishna adverte sobre a ignorância e o medo, nascidos da falta de equanimidade, que geram desequilíbrio e dificultam a retidão na busca da Autorrealização.

A transformação interior e a superação constituem aspectos dessa “batalha interna” a que todos nós, aspirantes do Yôga (União com o Divino), somos convidados a lutar. 

É a luta travada contra a nossa natureza inferior (Ego), que impede o encontro com a nossa verdadeira essência (Eu Sou).

A compreensão dessa Unidade (Bhavana), em nós e no Universo, constitui etapa fundamental no Autoconhecimento e no Autoaperfeiçoamento.

O segundo verso destaca a importância do discernimento (Gnana) sobre a Unidade e sobre a necessidade da busca constante de Deus em nós.

A aquisição do verdadeiro conhecimento e de equanimidade fará com que nada afete a decisão de empreender a justa batalha da realização do “Reino de Deus em nós”, a que todo aspirante deve empenhar-se.

Namastê!