Sentei à sombra da frondosa árvore.
Os raios do sol rompiam as folhagens e tingiam de amarelo a verde grama.
Um forte vento trouxe um frescor ao dia ensolarado e derrubou diversas folhas.
Insetos, espalhados por entre as raízes da frondosa árvore, se banqueteavam com as folhas que caiam em abundância.
De repente, a melodia de um pássaro, que tímido, se escondia entre os galhos da frondosa árvore.
E, como se não bastasse, borboletas e beija-flores visitaram as flores, que enfeitavam a frondosa árvore.
Flor es caíram sobre a minha cabeça, não sei se por obra do vento ou dos beija-flores.
Além de multicoloridas, exalavam um perfume inebriante.
Exclamei:
– Qual seria a próxima surpresa?
Eis que um grupo de crianças se aproximou, conduzido por duas jovens.
Estavam animadas, sorridentes.
A jovem, que seguia à frente, perguntou se eu daria licença para que as crianças abraçassem a velha e bela árvore.
Pensei:
– Mais duas qualidades da frondosa árvore.
E com um sorriso contagiante, a outra jovem explicou:
– Sempre abraçamos árvores, quando passeamos com nossos alunos no parque.
Levantei-me e, meio envergonhado, disse:
– Nunca abracei uma árvore.
As crianças, que já formavam um círculo em volta da bela, velha e frondosa árvore, num coro gritaram:
– Venham! Venham logo!
E lá fui eu abraçar a bela, velha e frondosa árvore.
E uma voz doce e suave, que fazia dueto com o nosso tímido pássaro cantor, sussurrou no meu ouvido:
– Feche os olhos e sinta a presença de Deus!
E naquela despretensiosa manhã, percebi que tudo na natureza é Criação Divina!