No livro da sua existência ele havia escrito muitas páginas…

As de maior número eram páginas de esquecimento.

A palavra gratidão não aparecia uma só vez no seu extenso diário.

Nada lhe escapava, entretanto o esquecimento intencional da palavra gratidão embaçou o brilho das lembranças felizes.

Ele havia esquecido os bons momentos e a tristeza ocupou várias páginas no livro da sua existência.

Desagradecimento rimava com esquecimento e soava melhor que ingratidão.

Porém, ingratidão é sempre ingratidão.

E a sua ausência diminui a verdadeira dimensão humana.

Não se via a felicidade da gratidão pelo dom da vida naquelas páginas.

E por que não ser grato?

Seria a ingratidão, no esquecimento das bênçãos recebidas, tão avassaladora, tão irresistível?

Como colorir as páginas que serão escritas com as lindas cores da gratidão?

A resposta veio com a força da simplicidade e a pureza da verdade:

  • Perdoar e amar!

E, se não é possível apagar e reescrever…

Começar a escrever páginas de gratidão.