Estava naquele lugar sagrado, totalmente cético.

Não sentia nenhum apego sincero e fervoroso a Deus ou aos santos, ou às santas.

Nem sentimento de religiosidade, nem piedade, nem compaixão.

Sem fé.

Desprezava qualquer prática inspirada na religião.

Considerava-se um cético.

E porque ele estava naquele lugar sagrado?

O vazio existencial, a tristeza, as sombras das frustrações e o desespero estavam no topo de uma lista de motivos intermináveis para estar naquele lugar sagrado.

Apesar de todo o ceticismo.

Apesar de nenhuma certeza a respeito da verdade, das dúvidas…

Apesar das dúvidas…

Apesar da descrença, da incredulidade…

Ele estava naquele lugar sagrado.

E a sua presença naquele lugar sagrado seria suficiente para preencher seu vazio existencial?

Seria suficiente para alegrar sua triste e sofrida existência?

Seria suficiente para iluminar seus pensamentos e afastar as sombras das frustrações e das decepções?

Seria suficiente para acalmar seu desespero e diminuir sua raiva?

A ausência de Deus na sua vida trouxe um grande nada para seus dias de ceticismo.

E porque ele estava naquele lugar sagrado?

A única resposta que vinha à sua mente :

  • Encontrar sentido para a sua vida e ser feliz.