A dor e o sofrimento têm estado presentes na trajetória da humanidade. A humanidade, nos sucessivos períodos de sua trajetória e de sua evolução na histórica, tem convivido com doenças e buscado, incessantemente, a cura.

Podemos observar, nas nossas reflexões, duas abordagens na dinâmica da cura: processo ascendente e processo descendente.

Por cura ascendente considera-se o pressuposto de que ela ocorre de fora para dentro, ou seja, do corpo para a alma (espírito).

Pelo processo descendente a cura ocorre no sentido inverso, ou seja, da alma (espírito) para o corpo.

A cura na visão da Doutrina Espírita ocorre pelo processo descendente. As doenças têm origem no campo de realizações e experiências da alma (espírito) e são “drenadas” para o corpo perispiritual (perispírito) e, consequentemente, para o corpo físico.

Joseph Gleber (espírito) elucida que:

“O Homem atual não aceita mais as explicações materialistas a respeito da vida. Embora a ciência humana tenha alcançado resultados dignos de nota, no que se concerne ao estudo dos mecanismos subjacentes à enfermidade e à saúde, encontrar-se-á ainda distante da causa original enquanto não acordar o pensamento para o conceito espiritualista a respeito da vida e da saúde”

Depreende-se que a saúde, à luz da Doutrina Espírita, está relacionada à harmonia do indivíduo às Leis Divinas (Natural) e, consequentemente, a desarmonia em relação a essas Leis significa adoecimento. 

Cabe destacar o papel da educação na harmonização do indivíduo e na cura. Nesse sentido, a denominada “Reforma Íntima”, com base no Evangelho de Jesus e de outras mensagens e ensinamentos de transformação ético-moral, apresenta-se como “Roteiro” para o equilíbrio espiritual (saúde energética) com reflexos no equilíbrio corpóreo (saúde física-emocional-mental).

Kardec chama atenção para os “meios de cura” ao afirmar que “se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de cura. A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é dever nosso procurar esses meios e aplicá-los”.

Fica a dica: “Uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar, em matéria de curas, verdadeiros prodígios” – Allan Kardec

Namastê!