No post anterior afirmamos que o nosso livre-arbítrio é relativo, pois nossa liberdade é relativa na medida que o limite da manifestação da vontade individual se encerra quando começa a liberdade do próximo ou da coletividade. 


Ora se a nossa liberdade de escolha é relativa surge a questão do determinismo na nossa jornada existencial. 


A tese filosófica do determinismo, afirma que tudo o que acontece está predeterminado. O Universo seria comparável a uma imensa máquina em funcionamento automático e infalível. Até mesmo a vontade humana estaria submetida a leis necessárias e imutáveis. Nesse sentido, a liberdade não passaria de uma ilusão subjetiva.
 

Surgem, portanto, as ideias da fatalidade e do destino.


Segundo a Doutrina Espírita “a fatalidade só existe pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, de sofrer esta ou aquela prova. Ao escolhê-la, elege para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que se achará colocado. Refiro-me às provas físicas, porque, no tocante às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.”
(O Livro dos Espíritos, questão 851)


“A fatalidade, portanto, está nos acontecimentos que se apresentam, por serem consequência da escolha feita pelo Espírito antes de encarnar. Pode deixar de haver fatalidade no resultado de tais acontecimentos, visto depender do homem, pela sua prudência, modificar o curso das coisas. Nunca há fatalidade nos atos da vida moral.” (O Livro dos Espíritos, questão 872)

Determinismo e livre-arbítrio coexistem nas nossas vidas, nos nossos destinos; e, sobre ambos, as determinações divinas.

Atenção: Reteiramos que a “semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

Fica a dica: “O espírito jaz temporariamente submetido a deveres inevitáveis, mas dispõe de livre-arbítrio para melhorar ou comprometer qualquer situação.” – Emmanuel 

Namastê!