De forma sintética, ensinam os instrutores espirituais que dois são os elementos gerais do universo: a matéria (elemento material) e o espírito (elemento inteligente); e, acima de tudo, Deus.

Destacamos três conceitos importantes para a reflexão a ser desenvolvida nesta série: espírito, matéria e princípio vital:

“Espírito é um ser moral, distinto, independente da matéria e que conserva sua individualidade após a morte. É o princípio inteligente.”

“Matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que ele se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua ação”.

“Princípio vital é o princípio da vida material e orgânica, qualquer que seja a fonte donde promane, princípio esse comum a todos os seres vivos, desde as plantas até o homem. Pois que pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar, o princípio vital é coisa distinta e independente”. Observa-se o conceito vitalista presente na fundamentação da Doutrina Espírita chamado de “princípio vital”, indutor da vida orgânica (material) e comum a todos os seres vivos. 

Kardec registra que: “a palavra vitalidade não daria a mesma ideia. Para uns o princípio vital é uma propriedade da matéria, um efeito que se produz achando-se a matéria em dadas circunstâncias. Segundo outros, e esta é a ideia mais comum, ele reside em um fluido especial, universalmente espalhado e do qual cada ser absorve e assimila uma parcela durante a vida, tal como os corpos inertes absorvem a luz. Esse seria então o fluido vital que, na opinião de alguns, em nada difere do fluido elétrico animalizado, ao qual também se dão os nomes de fluido magnético, fluido nervoso”. 

Espírito e matéria integram o plano da criação de Deus, Inteligência Suprema e a causa primeira de todas as coisas.

Como espírito e matéria são distintos, resta saber como o primeiro pode exercer ação sobre o segundo, em especial, nas questões que se relacionam com a doença e a cura. 

É o que pretendemos apresentar nos próximos posts.

Fica a dica: “O organismo material não é o princípio da vida e das faculdades; é, ao contrário, seu limite.” – León Denis

Namastê!