No post 7 da série “Doença e Cura na visão da Homeopatia” destacamos que Samuel Hahnemann, criador da Homeopatia, considerava o indivíduo como sendo um ser constituído de corpo, energia vital e espírito racional, ou seja, uma visão integral, holística da criatura humana.

Destacamos nessa reflexão duas formas de abordagem da doença e, consequentemente, da cura.

A primeira trata-se do raciocínio reducionista que parte dos sintomas e sinais descritos objetivamente com a intenção de encaixá-los em alguma síndrome conhecida e, a partir daí, descobrir a etiologia (fator que causou o problema). Essa abordagem busca coletar alguns dados do doente que apontem para uma causa dentre as “inúmeras possíveis”, ou seja, partindo do “todo” (o doente) chega na “parte” (a doença).

Na segunda abordagem, observa-se o raciocínio sintético que busca, além das alterações físicas do indivíduo (doente), outros sinais e sintomas que caracterizem aquela pessoa em sua totalidade. Das “partes” (sintomas) chega-se ao “todo” (o doente).

A Homeopatia segue o raciocínio sintético, pois só descobrindo a totalidade sintomática do doente, não apenas da doença, é que se encontrará o medicamento mais semelhante possível para alcançar a cura, conforme se observa nos parágrafos 18 e 19 do Organon da Arte de Curar:

“Desta verdade inegável, que além da totalidade dos sintomas, considerando-se  as  modalidades  que  os  acompanham (§5), nada pode de maneira alguma ser descoberto em doenças em que elas possam expressar sua necessidade de tratamento, conclui-se que indubitavelmente a soma desses sintomas e condições em cada caso  individual  de  moléstia  deve  ser  a  única  indicação,  o único meio de nos guiar na escolha de um remédio”

Fica a dica: A terapêutica homeopática consiste em usar apenas aqueles remédios que têm o poder de criar, num organismo sadio, sintomas semelhantes (Lei da similitude) aos que são observados no indivíduo doente que está sendo tratado. E, consequentemente, alcançar a cura. 

Namastê!