Considera-se o “ORGANON DA ARTE DE CURAR”, escrito por Samuel Hahnemann, como sendo a obra fundamental da doutrina homeopática, A primeira edição da obra data de 1810 e foi apresentada ao mundo com o título de “Organon da Medicina Racional”. A sexta e última edição é póstuma, de vez que, embora revista inteiramente por Hahnemann, este veio a falecer em 1843 e, por vários motivos e situações ocorridas, a sua publicação só ocorreu no ano de 1921.   

No prefácio da primeira edição de “Doenças Crônicas” Samuel Hahnemann comunica de forma muita lúcida sua missão de compartilhar os conhecimentos da “ARTE DE CURAR” ao afirmar que:

“[…] se eu não soubesse para que fim fui posto aqui na Terra – para tornar-me melhor tanto quanto possível  e tornar melhor tudo que me rodeia e  que eu tenha o poder de melhorar – teria de me considerar  muitíssimo  imprudente, se tornasse conhecida para o bem comum, ainda antes de minha morte, uma arte que só́ eu possua e da qual está́ dentro de mim fazer a mais proveitosa possível se guardando-a em segredo”

Observa-se, na citação acima, que o “mestre” apresenta a Homeopatia não apenas como uma “nova medicina”, mas como uma verdadeira “Arte de Curar”. Observa-se, ainda, seu incansável trabalho em aprimorar a “Arte de Curar” e apresentá-la de forma mais completa e responsável ao mundo, mesmo diante das resistências e das inúmeras críticas recebidas da sociedade médica e científica da época.

Vithoulkas, considerado um dos maiores homeopatas não médico da atualidade, apresenta de forma bastante contundente a dimensão da Homeopatia como uma verdadeira “Arte de Curar”:

“Tentar analisar, passo a passo, a maneira exata como os princípios básicos são aplicados ao paciente não é possível, o processo real da prescrição de um medicamento está mais relacionado com a arte”.