Nossos dicionários definem bem é como aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à manutenção, ao aprimoramento e ao progresso de uma pessoa ou de uma coletividade. Diferentemente de mal que é definido como tudo o que é prejudicial ou fere; o que concorre para o dano ou a ruína de alguém ou algo; o que é nocivo para a felicidade ou o bem-estar físico ou moral. 

Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, pergunta aos benfeitores espirituais “Como se pode distinguir o bem do mal?” (Questão 630) A resposta constitui um verdadeiro roteiro para as nossas vidas:

“O bem é tudo o que está de acordo com a lei de Deus e o mal é tudo o que dela se afasta. Assim, fazer o bem é se conformar à lei de Deus; fazer o mal é infringir essa lei.”

E prossegue, na Questão 631, “O homem tem meios para distinguir por si mesmo o bem e o mal?” Novamente, uma resposta simples, precisa e concisa:

“Sim, quando ele crê em Deus e quando o quer saber. Deus lhe deu a inteligência para discernir um e outro.”

“O bem e o mal que se faz são o produto das boas e das más qualidades que se possui. Não fazer o bem que se poderia fazer é, pois, o resultado de uma imperfeição.” (O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”)

O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam. O bem está relacionado à virtude: “A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. […]” (O Evangelho Segundo o Espiritismo)

Para Aristóteles, o bem é aquilo a que todos os seres aspiram. Na realidade, toda criatura, criada à imagem e semelhança do Criador, aspira ao Bem. 

Fica a dica: “Você não veio à Terra para fixar deficiências, mas para tratá-las, angariando saúde. Você não se acha no mundo para submeter-se aos impulsos irracionais, mas para fazê-los amadurecer para os campos da lúcida razão.” Joannes

Namastê!