No último post da série “Doença e Cura na visão da Homeopatia” destacamos, de forma suscinta, os conceitos de ENFERMIDADE AGUDA e de ENFERMIDADE CRÔNICA. Vamos aprofundar um pouco mais esses importantes conceitos para a doutrina homeopática e para a “CURA”.

O sofrimento e a dor, que entendemos com adoecimento, significam desajustes do indivíduo em relação às leis naturais, ou seja, às “Leis Divinas”. O homem adoece por desarmonia com o “Divino”. Os desajustes (desequilíbrios) se manifestam no corpo físico nas inúmeras expressões que denominamos DOENÇAS.

Esses adoecimentos podem ser classificados como doenças agudas e doenças crônicas na visão da Homeopatia. Segundo o exposto por Hahnemann no parágrafo 72 do Organon temos esses dois conceitos importantes para a nossa reflexão:

“As doenças peculiares à humanidade pertencem a duas classes. A primeira inclui processos morbíficos rápidos causados por estados e distúrbios anormais da força vital; essas afecções geralmente completam seu curso num período breve, de variação durável, e são chamadas de doenças agudas. A segunda classe abrange as doenças que, freqüentemente, são insignificantes e imperceptíveis no começo; mas, de uma forma que lhes é característica, elas agem de modo deletério sobre o organismo vivo perturbando-o dinâmica e insidiosamente, e minando-lhe a saúde a tal ponto que a energia automática da força vital, destinada à preservação da vida, pode fazer frente a essas doenças apenas de forma imperfeita e ineficaz; no início, bem como durante o seu progresso. Incapaz de extingui-Ias sem auxílio, a força vital é impotente para prevenir seu crescimento ou sua própria deterioração, resultando na destruição final do organismo. Estas são as chamadas doenças crônicas.“

O criador da Homeopatia compreendia o indivíduo como sendo um ser constituído de corpo, energia vital e espírito racional, ou seja, numa visão integral, holística. Sabia ele, em sua genialidade, que um medicamento jamais alteraria os desígnios espirituais, já que estes, segundo suas crenças, estariam condicionados à racionalidade inteligente, legada ao homem através da divindade.

Somente reequilibrando a energia vital é que o medicamento devolveria ao ser humano um organismo são, sensível e livre para servir a causa deste espírito que poderia conduzi-lo a qualquer fim.

Importante: A Homeopatia vê o indivíduo na sua totalidade: matéria e espírito, corpo e alma.