O velho mestre discordava dos jovens discípulos que afirmavam que só as santas e os santos alcançariam a “Felicidade Suprema”.

A “Felicidade Suprema” era considerada verdadeiro “Tesouro Celestial”.

E, como tesouro celestial, impossível de ser conquistado na Terra.

O velho mestre reuniu os jovens discípulos numa linda manhã ensolarada no centro do jardim do templo.

Os jovens discípulos ansiosos aguardavam os ensinamentos do velho mestre, que permanecia em silêncio.

Após olhar para cada discípulo, sorriu e perguntou:

Como se formou este belo jardim?

Jiddu, o discípulo intrépido, respondeu apressadamente:

Com trabalho e dedicação dos jardineiros do templo.

Natarája, o discípulo curioso, respondeu com uma dúvida:

Não podemos saber, pois, quando chegamos, o jardim já existia.

E cada discípulo foi apresentando sua resposta, até que Mukunda, o discípulo reflexivo, encarou respeitosamente o velho mestre e disse:

O jardim surgiu de cada semente semeada, que germinou e floresceu!

O velho mestre balançou afirmativamente a cabeça, ornada por uma longa cabeleira prateada, e falou solenemente:

A semente do Amor constitui verdadeiro “Tesouro Celestial”.

Para que o jardim da “Felicidade Suprema”
se torne realidade, a semente do Amor
precisa encontrar a terra fértil da Fé, da Esperança e da Paz nos nossos corações.

E, como expressão do Divino em nós, a semente do Amor germina e floresce, nessa terra fértil, e, sob a Luz da Verdade Libertadora, se transforma no jardim da “Felicidade Suprema”.

Fechou os olhos e buscou o silêncio da meditação.

Os jovens discípulos, que afirmavam que só os santos e os justos alcançariam a felicidade suprema, perceberam que a santidade é a “Felicidade Suprema”.