A luz do alvorecer espantou a escuridão. 

As trevas da longa noite de angústias, tristezas e medos cederam lugar às luminíferas claridades da paz, da alegria e da coragem.

Sons das divinas melodias romperam o silêncio das incertezas e das descrenças. 

A pouca fé não resistiu à confiança da renovação que se operava no amanhecer. 

O caminho  que conduzia ao Templo de Cristal refletia, em multicoloridas expressões, a beleza da Divina Mãe Natureza e as esperanças de um novo dia.

Peregrinos comovidos pelo sagrado entoavam mantras, cânticos e louvores às diversas expressões da Vida e ao Divino.

Distantes do mundano, cada peregrino na sua jornada. Cada peregrino com sua história…

Entretanto todos unidos num único propósito…

Alcançar o Templo de Cristal.

A visão, no alto do monte, do Templo de Cristal era pura estesia na alma dos devotos.

Lágrimas vertiam como verdadeiras gotas de orvalho divino, que ainda enfeitavam, tal qual pérolas, as flores no caminho.

A luz, refletida no Templo de Cristal, irradiava Paz e Harmonia.

Verdadeiro convite à Fraternidade Universal.

E, iluminados pela Luz do Templo de Cristal, seguiam os peregrinos em busca da Sabedoria e do Amor. 

Eis que o mestre, em tom solene, exclamou:

  • Dhāraṇā é o estado de concentração da mente, que antecede o estado de meditação. 

E seguiu, com as mãos unidas na altura do coração e com um largo sorriso:

  • Que possamos encontrar o Templo de Cristal em nós! Namastê!