No post anterior destacamos que somam mais de 1000 medicamentos homeopáticos descritos nas Matérias Médicas e que a Homeopatia alicerça-se num trabalho de natureza científica com mais de duzentos anos.

Samuel Hahnemann, fundador da Homeopatia, chamou de Patogenesia a capacidade das substâncias alterarem a saúde dos indivíduos sãos.

Experimentadores voluntários (indivíduos saudáveis, sãos) são observados após ingerirem determinadas substâncias. O resultado dessas observações, representado pelo conjunto de sintomas produzidos por essas substâncias, compõem o que se chama Matéria Médica Homeopática.

Alguns desses medicamentos descritos nas Matérias Médicas são denominados policrestos.

Do grego polys (muitos) e khréstos  (benéfico, poderoso) e do latim polycrestus (que tem muitas aplicações) são definidos, no Glossário de Homeopatia, como “medicamentos em que a maioria de seus sintomas correspondem em similitude aos sintomas das mais comuns doenças da humanidade, e portanto tem um uso homeopático frequente e eficaz”.

Policrestos são medicamentos homeopáticos utilizados com frequência tanto na prática médica como na prática terapêutica.

E quais seriam os medicamentos homeopáticos considerados policrestos?

John Henry Clarke, homeopata e escritor,  afirmou que o conhecimento de 13 (treze) medicamentos homeopáticos permitiria ao homeopata, médico ou não-médico, tratar a maioria dos casos. Destacou ainda que esses medicamentos devem ser estudados numa determinada ordem.

Vamos relacioná-los a seguir, obedecendo a ordem proposta por Clarke, sem a ideia de uma lista definitiva: 

1. Sulphur.

2. Calcarea carbonica.

3. Lycopodium.

4. Arsenicum album.

5. Thuya.

6. Aconitum.

7. Nux vomica.

8. Pulsatilla.

9. Silicea.

10. Hepar sulphur.

11. China.

12. Belladonna.

13. Bryonia alba.

Alguns autores homeopatas ampliam a lista acima ou classificam alguns medicamentos como semipolicrestos, que apresentam elaborada patogenesia (conjunto de manifestações apresentadas pelo indivíduo sadio e sensível, durante a experimentação da substância), mas não tem utilização tão frequente como os denominados policrestos.

Podemos destacar como exemplos: Phosphorus, Sepia, Natrum muriaticum, Mercurius, Rhus toxicodendron, Lachesis, Causticum, Kali carbonicum, Zincum e Nitricum acidum, dentre outros.

Nos próximos posts dedicados à “Arte de Curar” vamos apresentar as Matérias Médicas dos policrestos listados por Clarke.

Fica a dica: “Nossa arte com o tempo tornar-se-á o carvalho sagrado, o carvalho de Deus. Estenderá seus ramos enormes, inabaláveis nas tempestades. A humanidade que sofreu tantos males descansará sob sua sombra benéfica.”

Samuel Hahnemann

Namastê!