Seguimos com a nossa série de posts sobre
Contentamento.

No post anterior, vimos que a felicidade pode ser determinada por fatores imutáveis, como os nossos genes ou o nosso temperamento, e determinada por uma combinação das nossas circunstâncias.

Vamos discutir se é possível descobrir, alcançar a Felicidade Plena e Duradoura, suprema, através dos sentidos.

Diz um ditado budista que:

“Tentar buscar a felicidade através da gratificação sensorial é como tentar matar a sede bebendo água salgada.”

Dalai Lama explica que:

“Quando falamos em vivenciar a Felicidade, precisamos saber que existem, na verdade, dois tipos diferentes de Felicidade. O primeiro é a apreciação do prazer através dos nossos sentidos. Mas também podemos vivenciar a Felicidade no nível mais profundo através da nossa mente, como através do amor, da compaixão e da generosidade. Enquanto o contentamento dos sentidos é breve, o Contentamento nesse nível mais profundo é muito mais duradouro. É o verdadeiro Contentamento.”

É o que o Dalai Lama denomina de “Felicidade no nível físico” e “Felicidade no nível mental”.

E prossegue:

“Esse nível mais profundo de Contentamento pode ser desenvolvido pelo treinamento da mente. Esse tipo de Contentamento ou Felicidade vem de dentro. Então os prazeres dos sentidos se tornam menos importantes.”

Acreditar que a experiência sensorial traria Felicidade é uma “armadilha”, uma distração que nos desvia da Meta: a Felicidade Plena e Duradoura.

O que é essa “Felicidade mental”?

“Um senso genuíno de amor e afeição.” Eis a simples e profunda resposta do Dalai Lama.

O neurocientista Richard Davidson explica nas suas pesquisas que existem quatro circuitos cerebrais independentes que influenciam nosso bem-estar duradouro

Nossa capacidade de manter os estados positivos.

Nossa capacidade de nos recuperar de estados negativos.

Nossa capacidade de concentração e de evitar a divagação.

Nossa capacidade de ser generoso.

“Sobreviver, reproduzir-se e cooperar”, eis os três objetivos inatos do ser humano, segundo John Bargh, um dos principais especialistas mundiais na ciência do inconsciente.

Eis o objetivo inato “cooperar” que pode ser entendido como amar ao próximo, compaixão e generosidade.

“Com certeza a cooperação é um impulso evolutivo profundo que existe desde o início do nosso desenvolvimento.” É o que a Ciência vem demonstrando.

No próximo post vamos, com a ajuda do Dalai Lama e de Desmond Tutu, responder à seguinte pergunta:

Qual o nosso maior Contentamento?

Fica a dica: Seja gentil, ame de forma desinteressada e incondicional. Pratique, diariamente, a compaixão e a generosidade.

Agradeça!

Namastê!