Elas cresciam em meio às flores do jardim num esforço de tornar a terra estéril.
Em meio às ervas-daninhas, as flores seguiam perfumando o jardim e colorindo os dias.
As ervas-daninhas seguiam se espalhando por entre as roseiras.
Tudo levava a crer que as roseiras não resistiriam.
Todas as manhãs a velha senhora observava as ervas-daninhas, aguardando a visita da sua neta.
A visita tão esperada aconteceu.
A jovem sorridente abraçou a avó. Seus olhos brilhavam alegria e o sorriso revelava o amor pela velha senhora.
Após um lanche com o famoso bolo da vó, as duas se dirigiram para o jardim.
A jovem ficou surpresa com a situação e perguntou:
- Vó, porque a senhora não arrancou as ervas-daninhas?
Com a voz calma a velha senhora respondeu:
- Estava esperando você para, juntas, arrancarmos as ervas-daninhas e salvarmos as lindas e perfumadas roseiras.
A jovem ainda mais surpresa indagou, quase num grito:
- Porquê?
Então, a velha senhora olhou com profundo amor a jovem neta e explicou:
- A vida nos ensina por diferentes modos. As ervas-daninhas são como o mal. Se não as arrancamos pela raiz, crescem com mais força e destroem mais.
E prosseguiu emocionada:
- Nunca deixe as ervas-daninhas do mal criarem raízes no jardim do seu coração e da sua mente. Assim as roseiras do Bem serão alegria, colorido e perfume na sua vida.
De mãos dadas, lá foram a velha senhora e a jovem, experiência e jovialidade, para arrancar as ervas-daninhas pela raiz e cuidar das lindas e perfumadas roseiras…