Cânticos em louvor à Deus enchiam a Catedral e os corações dos devotos.
A abóbada de seis painéis não se destacava somente como um belo elemento arquitetônico.
Parecia vibrar com as melodias, trazendo o céu para o interior da Catedral.
Os vitrais contavam histórias que ganhavam vida a cada som produzido no grande órgão de tubos.
Os cânticos iluminavam olhares e convidavam à introspecção, à oração e à meditação.
Não era necessário o saber mundano para desvendar os mistérios e a beleza daquele instante sublime.
Não era necessário o domínio das letras e da oratória para extasiar.
Necessário apenas silenciar para ouvir.
O canto em uníssono pelos monges, era convite à devoção.
Cânticos são alimento sagrado para a alma.
Cânticos são a Voz de Deus nas vozes das criaturas humanas.
Cânticos são expressões do Divino Amor.
E, naquela manhã, ao sair da Catedral, roguei a Deus:
- Permita Senhor que eu seja uma Catedral repleta de Cânticos em seu louvor…