DOENÇA E CURA NA VISÃO DA HOMEOPATIA
PARTE 3
Os séculos XVIII e XIX caracterizaram-se por várias mudanças e transformações na sociedade da época, com significativos avanços tecnológicos e no campo do pensamento humano.
Samuel Hahnemann destaca na introdução da 6ª edição de o Organon uma importante observação sobre a origem das doenças e o impacto do progresso da sociedade na saúde dos indivíduos que a compõem:
“Desde sua origem o homem tem estado exposto, individual ou coletivamente à influência de causas morbíficas físicas ou morais. Nos primórdios da humanidade um pequeno número de remédios era suficiente para destruir ou modificar a ação daquelas causas e seus efeitos no homem já que a simplicidade de seu modo de vida dava lugar ao desenvolvimento de pouquíssimas enfermidades. Os progressos da civilização foram logo aumentando as causas morbíficas e fazendo também sentir a necessidade de buscar auxílios contra elas.”
E vincula a doença ao desequilíbrio espiritual ao afirmar que:
“De fato, como a maior parte das enfermidades é de origem espiritual e de natureza dinâmica espiritual, sua causa não é reconhecível pelos sentidos.”
Hahnemann reforça este conceito ao considerar enfermidades como sendo “DESARRANJOS DINÂMICOS (ESPIRITUAIS)” – “por conformar-se com nossas ilusórias hipóteses, as enfermidades não podem deixar de ser desarranjos dinâmicos (espirituais) que nossa vida espiritual experimenta em sua maneira de sentir e agir, isto é, mudanças imateriais de nossa existência”.
E acrescenta mais adiante, mantendo e defendendo a tese da imaterialidade das doenças ao elucidar que:
“Nenhuma doença tem por base uma substância material, mas que cada uma delas é apenas e sempre uma perturbação dinâmica especial e virtual do estado geral.”
“DOENÇAS SÃO DESARRANJOS DINÂMICOS (ESPIRITUAIS)”